03 julho, 2012

Uma janela aberta ao infinito

Tem tanta coisa dentro do meu peito que sinto vontade de expressar e ainda não descobri como... 
Essa descrença vive me deixando confusa. Esse desapego vive apertando meu coração. Essa liberdade vive trancando meus atos.
Não sei ao certo o que sou. Mais fácil saber o que não quero ser.
Tenho sonhos, desejos, vontades e vez ou outra pequenos amores.
Me encanto todo dia com histórias que não são minhas. Risos que não são meus. Olhares que não me pertencem.
Como se fosse preciso, sinto necessidade de mudar; de ver mudança; de ser a mudança; de fazer com que as mudanças aconteçam.
Começo escrevendo focada em um só assunto e até o último ponto final já falei sobre todos os mundos que precisei inventar pra sorrir.
Não gosto de receber flores, mas ainda não achei nada mais bonito que um campo de girassóis fazendo junção com o céu laranja que diz adeus pro dia.
Acho que o mundo acabou faz tempo e a gente se engana achando que vive.
Tenho menos de 10 minutos pra terminar o que comecei a escrever, mas continuo sem saber quais palavras vou usar e qual mundo eu invento desta vez.
Não sei me concentrar pra falar de futuros incertos. Também não tenho razão - nunca procurei por ela.
Ora se não sou eu, quem mais vai decidir o que é bom pra mim? Dispenso a previsão!


Um comentário:

Rafael Cruz disse...

Queria eu saber lhe dizer como tais sentimentos, tais vontades e desejos que descrevera são tão semelhantes em mim! Ó, eu me esforço tanto, mas tudo que faço e ler e reler o que tu escrevera e suspirar aqui calado... Perdoa-me pelo meu silêncio! Saiba que meu coração tem tuas mesmas aflições, fome de liberdade e estas largas nuvens que levam o pensamento para longe como num balão. Queria eu que tu conversasse mais comigo e que eu fizesse o mesmo... E vem aquela vontade de mudar, de ser a mudança em si, mas... Mas! Ó, perco-me aqui, tentando dizer-te que a quero mais próxima de mim, ugh.